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ENCARNAÇÃO
Eu,cerâmica
porosa no amor,
fluo inteira
me derramo
transbordo.
Moldada
pelas mãos da
vida.
Marcada
pelos traços do
mundo.
Feições expostas
(impostas).
Sorvem seres
do meu amor.
Absorvem seres
do meu calor.
Existo!
(Mariney Klecz)
ENLEVO
A imensidão do mar
me atrai.
As ondas lavando
(lambendo?)
meus pés.
Sensação de paz,
de fluir
por entre a espuma.
Deixo a roupa para
trás.
Pouco a pouco
sou água,no todo!
Cada poro,
namora cada gota,
ansioso e
satisfeito.
Flutuo,mergulho,brinco.
Sou criança de
novo.
Preciosos
momentos!
Criança de
sensações adultas
no meio primeiro
da vida.
Busco em mim
explorar o prazer
de um pingo
cósmico:
meu ser.
Navego meu
exterior.
Navego meu
interior.
Mente voando
desliga-se da
massa.
Retorno de mim
com a toalha
enrolada no corpo.
(Mariney Klecz)
ESCREVER
Desenhar palavras,
dar forma ao pensamento
passou a ser,
pra mim,
passatempo.
Imagens
com vida própria
se apresentam.
Invadem o papel.
Desnudação de mim,
gradativa,
cada vez mais ampliada.
Desde a sensação
mais primitiva
até a afirmação
mais arrojada.
Prazer,alívio,
sinto.
Emoção total!
São ímicos partos,
afinal!
(Mariney Klecz)